Fonte do Sul Associação - Sustentabilidade e Ambiente, Aljustrel, Beja, Baixo Alentejo

Fonte do Sul

Localizados em Aljustrel, no Distrito de Beja, baixo alentejo.

Há muita calma, muito espaço, muito calor no Verão e frio no Inverno, tudo coisas da natureza!

Ele engenheiro, ela instrutora de Yoga.

Ambos gostam do campo, da calma e de estar junto da natureza.

O projecto nasce de uma vontade de sair da cidade de viver da forma mais sustentável e ligada à natureza possível.

Ambos estudam Permacultura e conhecem vários projectos, visitam alguns, fazem cursos e workshops, voluntariado e reúnem o conhecimento necessário para começar.

Vivíamos um dia de cada vez mas pensávamos num futuro próximo repleto de mudança.

Partilhámos diariamente ideias e fizemos brainstormings criativos sobre como viver uma vida mais sustentável, como subsistir sem agredir os seres à nossa volta, construtivamente e de forma a garantir a nossa felicidade e bem-estar sem prejudicar a felicidade das futuras gerações deste mundo, da nossa família e de todas as outras.

O projecto de Permacultura começa a tomar forma em 2015, e começa a ser posto em prática em Novembro.

Que este projecto seja uma porta aberta para a valorização da riqueza local e do seu estabelecimento na e como enconomia, valorizando as trocas locais e as relacções entre os seus intervenientes.

Actividades já iniciadas:

 

O Projecto Fonte do Sul partilha dos princípios da Permacultura:


Cuidar da Terra – Todos os seres vivos animados e inanimados seja um grão de terra ou uma montanha, uma planta minúscula ou uma floresta, uma formiga ou uma baleia, do mar ou da terra, do ar e em última análise todo Universo.

Cuidar das pessoas – Este valor ético está interligado com o anterior pois não é possível cuidar bem das pessoas (começando por nós próprios) sem cuidarmos da terra e vice-versa. Assim, todos os existem  seres humanos tem o dever de procurar e o direito a receber alimento, abrigo, cuidados de saúde, amor, educação, trabalho, entre outras necessidades para que assim se possam manifestar como seres participativos no longo processo da Vida.

Aplicar limites ao consumo e partilhar os recursos – Para que todos os seres existentes tenham oportunidades semelhantes de se manifestarem, é importante que cada um de nós contribua com dedicação aos outros. Assim que cada um de nós conseguir garantir as suas necessidades básicas (alimentação, abrigo, saúde, educação, …) deverá estabelecer os seus limites e estender os seus conhecimentos, capacidades e valores a ajudar os outros a consegui-lo também. Cuidar da terra e das pessoas só é possível se existir colaboração entre todos partilhando os infindáveis recursos que o Universo nos proporciona, no entanto para que estes recursos sejam equitativamente distribuídos no tempo e no espaço é necessário que cada individuo saiba o que é ter o suficiente e tenha somente o suficiente.

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Posição relativa – Cada elemento é posicionado relativamente a outro(s) de forma a criar uma relação sinergética em que cada um beneficia de alguma maneira do outro. Por exemplo um pequeno lago posicionado junto a uma janela da casa serve de fonte de iluminação e aquecimento natural para o seu interior por acção do reflexo da luz solar e por sua vez a posição elevada da casa actua como corta-vento evitando que haja menos evaporação e redução da vida à volta do lago.

Cada elemento tem várias aplicações – Uma sebe de frutos silvestres providencia abrigo para pequenos animais, corta-vento, sombra, frutos, matéria orgânica, beleza paisagística, bio massa, etc.

Cada função importante é suportada por vários elementos – A energia eléctrica pode provir da rede normal, mas deverá também provir, por exemplo, painéis solares, turbina eólica, gerador por moinho a água, entre outros.

Planificação eficiente dos recursos energéticos do local (análise e distribuição por sectores e zonas) – Um curso natural de água (sector) localizado no terreno acima da casa deverá ser aproveitado para canalizar água para a rega das hortas mais abaixo. Estas por sua vez relativamente à casa (zona) deverão ser posicionadas de modo a facilitar os acessos consoante as prioridades de colheita.

Usar prioritariamente recursos biológicos renováveis em vez de recursos provenientes de combustíveis fósseis não renováveis – Energia solar, vento, água, gás metano proveniente da compostagem orgânica, animais, matéria orgânica, em vez de petróleo e derivados.

Promover a reciclagem energética no local – Todos os resíduos deverão ser reciclados pelo sistema local transformando-os num recurso energético para outra aplicação. Por exemplo os restos de alimentos deverão ser decompostos num local apropriado – vulgarmente conhecido por composto – onde se irão transformar em matéria orgânica fertilizante do solo, ao mesmo tempo através de um bio digestor se poderá obter gás metano libertado durante a fermentação. Este gás poderá alimentar um fogão normal.

Promover a sucessão natural das plantas afim de criar solos e habitas favoráveis – Por exemplo guardar e re-usar as sementes da colheita do ano anterior e assim por diante. Estas sementes adquirem ao longo dos anos propriedades de desenvolvimento e resistência adaptadas às diversas características do solo e clima.

Promover a Bio diversidade através da policultura com ênfase para espécies benéficas – As culturas sinergéticas entre diferentes plantas originam ecossistemas cujas espécies beneficiam mutuamente das características das vizinhas. Estes benefícios passam por diferentes tipos de raízes, sombra, fixação de azoto, protecção do vento, redução de pragas, entre outros.

Praticar e efeito de periferia e padrões naturais – A Natureza mostra-nos em tudo o que nos rodeia os seus padrões através de formas circulares, espirais, ondulações, bifurcações, deltas, entre muitos outros. Por exemplo uma cama hortícola plantada em linhas onduladas comporta mais pés do que semeadas em linha recta.

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